terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Marina - Carlos Ruiz Zafón (2)

"A menina sorriu calorosamente, enquanto acariciava o dorso do animal. Quando fez isso, os músculos de suas costas se desenharam nas dobras do vestido. Exatamente nesse instante, ela se virou e me surpreendeu olhando para ela e lambendo os lábios."

"Mas o que realmente o definia eram as mãos. Mãos brancas de anjo, de dedos finos e intermináveis. Germán..."

"Marina me deu uma olhada que não consegui decifrar.
- Está enganado. Aqui estão as lembranças de centenas de pessoas, suas vidas, seus sentimentos, suas ilusões, sua ausência, os sonhos que nunca conseguiram realizar, as decepções, os enganos e os amores não correspondidos que envenenaram suas vidas...Tudo isso está aqui, preso para sempre."

"- Ninguém entende nada da vida enquanto não entender a morte — acrescentou Marina."

"Ela avançava entre os túmulos como uma aparição, segurando uma rosa vermelha entre os dedos enluvados. A flor parecia uma ferida recém-aberta esculpida a punhal."

"Desobedecendo ao pouco de bom senso que ainda restava em minha cabeça, penetrei naquelas trevas."

"O céu era uma lápide de chumbo."

"Ria da vida e da morte, do divino e do humano."

"A luz em seu interior tinha se calado para sempre."

"O dinheiro não compra a felicidade, costumava dizer Kolvenik, mas compra todo o resto."

"O olhar de Marina se perdeu no horizonte de prata e bruma.
Este é o meu lugar favorito no mundo — disse".

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