“Ela estava ausente. Não havia nada a presentificar
onde deveria estar. Nenhum fio de cabelo se movia, nenhuma pálpebra
batia, nenhuma lágrima caía. Estava ausente da vida, das rotinas e até
mesmo do mar que insistia a quebrar nela as suas ondas, mas como a
dizê-la que tudo passaria? Estava fora do seu corpo, a embalagem que
vestia a sua ausência fazia com que os outros acreditassem que ela ainda
existia, andava e comia, quando apenas sobrevivia.”
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